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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Em busca da Felicidade


Quando consegues algo de muito valioso, algo que almejaste e sonhaste, que procuraste para ti, algo muito desejado há tempo demais (por saberes ser bom em coisas que nunca conseguiste atingir, coisas sem resultado algum, apesar da coragem e força de vontade, numa fuga constante, numa desilusão permanente de ti mesmo - sentes-te perturbado quando finalmente consegues, quando finalmente és reconhecido pelo teu valor e desempenho, pela tua candura e beleza de alma), um sonho, um objectivo, uma meta que estipulaste e que meteste na cabeça, pela qual irias empenhar-te e esforçar-te, pela qual irias vencer e ser o melhor, um desígnio resultante de um trabalho árduo e muita dedicação e ainda mesmo de um esforço brutal, quase impossível de aguentar devido às adversidades, ao desgaste físico e psíquico, sem uma desistência em momentos nefastos - motivos que dedilhaste até à demência -, sentes uma sensação de bem-estar (quando te dizem que fizeste um trabalho fantástico de notável epílogo e te dão os parabéns por tal êxito) - és feliz!

Quando consegues em ti, a certeza do que podes vir a ser e sentes que conseguiste o que tanto desejavas, a vontade que apertou e sufocou o teu Ser durante décadas mal dormidas e assombradas pelo medo e pela ignorância, que te cercava, dos que não acreditavam em ti - és feliz!

Quando apenas tu acreditaste nas tuas capacidades e na missão e no fardo que carregaste, apenas tu permaneceste na esperança de um dia tocares a estrela, apenas tu permaneceste na esperança de ouvir a tua voz interior, de seres sempre tu, de amares e seres amado tal e qual como és, de fazeres o teu trabalho de acordo com a tua consciência, de dares sempre o teu melhor - porque aprendeste a terminar o teu trabalho rapidamente, porque aprendeste a ver, a ouvir e sobretudo aprendeste a pensar - és feliz!

(Sentes que rompeste pelo olho da tempestade e que por instantes, tiveste uma ausência de pensamentos e de peso e, a seguir, caíste num funil de onde foste enviado para uma subida vertical, tendo ficado na borda do assento, caíste no fundo de ti mesmo e sentiste que não tinhas hipótese de te safares. De repente, num sobressalto, sobes à tona das águas salgadas, vertidas pelos teus olhos vermelhuscos e soltas um suspiro interior, um sucumbir de emoções, e saltas, desnorteado, para fora do poço a espargir comoções, como num sonho agitado. Sentes o vento a afagar os teus ouvidos e a tua face pálida e respiras - vens a ti.  
Respiras os aromas da vitória merecida e, de olhos bem abertos, acolhes a Felicidade, esse estado de riqueza interior que é sentires dentro das tuas entranhas o coração a bater mais forte do que nunca, um carrossel de emoções em rodopio contínuo, um sentir tão profundo que os olhos derramam lágrimas e choras, e ris de alegria, num estado, não intencional, de uma intensidade que não consegues descrever - apenas consegues sentir o que desencadeou esses sentimentos e emoções -, e queres saborear a vitória com o teu eu interior, e bates as palmas a ti mesmo, e saltas, e pulas no teu silêncio manifestando regozijo e orgulho - e amas-te!)

Este é, um estado enaltecido de felicidade, desencadeado pelo elogio e aplauso de outras pessoas, que viram em ti: modéstia, humildade, fé, lealdade, dedicação, genuinidade, coragem e empenho, enfim, um grande valor humano.

Edite Pinheiro
Setembro, 27 / 2013

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